terça-feira, 27 de novembro de 2012

Conheça um pouco sobre Liturgia




A importância da liturgia
O Papa Bento XVI sublinhou a importância da liturgia na vida espiritual cristã, como foi para Santa Matilde de Hackeborn, a quem apresentou hoje durante a audiência geral.
Seguindo seu ciclo de escritores cristãos, que, com Hildegarda de Bingen no final de agosto inaugurou uma série de catequeses sobre mulheres insignes, o Papa quis hoje falar sobre uma das grandes figuras do monaquismo alemão.
Santa Matilde de Hackeborn, de família nobre, nasceu e morreu no século XIII, em Turíngia (Alemanha) e viveu quase toda a sua vida no convento de Helfta, na mesma congregação em que estava sua irmã mais velha, Gertrudes.
Naquela época - e graças a Gertrudes -, o mosteiro de Rodersdorf e o de Helfta se converteram, afirmou o Papa, em um importante "centro de mística e de cultura, escola de formação científica e teológica".
Matilde "pela humildade, fervor, amabilidade, limpeza e inocência de vida, familiaridade e intensidade na relação com Deus, com Nossa Senhora e com os santos. Estava dotada de elevadas qualidades naturais e espirituais".
Entre outras, tinha uma voz de extraordinária suavidade. Foi professora do coral do convento, além de mestra de noviças.
Matilde era chamada com o apelido de "rouxinol de Deus".
"A oração e a contemplação foram o adubo vital da sua existência: as revelações, seus ensinamentos, seu serviço ao próximo, seu caminho na fé e no amor têm aqui sua raiz e seu contexto", explicou o Papa.
"É impressionante a capacidade que esta santa tinha de viver a Liturgia em seus vários componentes, inclusive os mais simples, levando-a à vida monástica cotidiana", acrescentou o Pontífice
"Suas visões, seus ensinamentos, as circunstâncias da sua existência são descritas com expressões que evocam a linguagem litúrgica e bíblica", explicou.
A santa tinha, segundo destacou o Papa, um "profundo conhecimento da Sagrada Escritura, seja tomando símbolos, termos, paisagens, imagens ou personagens".
De Matilde, Bento XVI convidou os fiéis a imitarem a importância que ela dava à Liturgia das Horas e à Santa Missa.
"A oração pessoal e litúrgica, especialmente a Liturgia das Horas e a Santa Missa, são a raiz da experiência espiritual de Santa Matilde de Hackeborn."
"Isso é também para nós um forte convite a intensificar nossa amizade com o Senhor, sobretudo através da oração cotidiana e da participação atenta, fiel e ativa da Santa Missa. A Liturgia é uma grande escola de espiritualidade", acrescentou.
Matilde sentia grande predileção pelo Evangelho, que o próprio Jesus, em uma visão, lhe recomendou ler, para compreender "seu imenso amor", que "em nenhum lugar se encontra expresso mais claramente que no Evangelho".





As cinco chaves para compreender e amar a liturgia da missa
A liturgia foi como um salto para a minha conversão verdadeira. E é justamente pensando em termos de liturgia que eu posso sentir o quanto é paradoxal ser católico. Aqui apresentam-se em constante embate obediência versus rebeldia, zelo versus desleixo, ordinariedade versus extraordinariedade e por aí vai. De modo semelhante somos nós nas encruzilhadas da vida, pois há sempre dois caminhos a seguir e nem sempre é fácil optar pelo correto.
Tento isso em conta, pensei em cinco pontos que para mim, enquant0 fiel leig0, sã0 essenciais para se c0mpreender e amar a liturgia da missa. Retire um deles e logo você perceberá que alguém resolveu tomar o caminho mais curto (perceba, liturgia não é nada simples) na encruzilhada. Ach0 que a festa de Pentecostes – data em que só faltam vender abadás na porta da igreja – é um bom começo para pensarmos nesses pontos que podem ajudar em nossa tarefa de defender a sagrada liturgia:
Unidade: “Que todos sejam um” (Jo 17,21). Essas f0ram as palavras de Cristo durante a última ceia, momento em que ele expressa seu desejo ardente de que a sua Igreja nascente permanecesse unida pelos séculos vindouros. Creio que  se a liturgia ficasse à mercê de arbítrios particulares (cada bispos decidindo em suas dioceses como celebrar), dificilmente teríamos a Igreja de Cristo unida atualmente. O que hoje seria dividido, talvez seria muito mais. A unidade é o elemento que garante que uma missa na Índia tenha o mesmíssimo valor sacramental de uma missa celebrada aqui no Brasil. Para isso contribuem as rubricas, livros formados após diversos concílios para normalizarem por todo o mundo a missa. O latim, que muitos consideram apenas um adereço medieval, é outro grande elemento de unidade. Nada mais confortante que passar uma temporada num país estrangeiro e, apesar de não entender nada nos primeiros dias, de repente ouvir o mesmo “Hoc est enim Corpus meum” de sempre…Naquele momento você passa a ter a única certeza que vale a pena ter: você está na presença do seu criador, nada mais importa.
Tradição:  Quando Jesus pede “fazei isso em memória de mim” (Lc 22,19) lega-n0s um dos primeiros elementos de tradição da liturgia católica: todos os sacerdotes, em todos os lugares, línguas e épocas devem repetir exatamente o “isso” expresso nas palavras da última ceia. Além dessas palavras que permaneceram imutáveis por quase dois mil anos, preservamos muitos elementos da liturgia sacrifical judaica. Não é à toa que o papa Bento XVI sempre fala da tal hermenêutica da continuidade. Ele menciona tal hermenêutica para que entendamos que se a Igreja introduziu ao longo dos séculos algo novo na forma, a essência permanece a mesma. A Igreja sempre procurou “empacotar” os elementos sagrados que se consolidaram ao longo da história da salvação e difundi-los pela ação litúrgica. Portanto, quando buscamos elementos externos à tradição da Igreja, introduzimos como que um vírus no corpo são. Cada padre deve ser então como um anticorpo, obstinado em expulsar corpos estranhos desse corpo do qual é guardião.


Sacrifício: acho que deveríamos ensinar na catequese um novo nome para a missa: sacrifício. Crianças, hoje nós vamos ao Sacrifício; Como se portar durante o sacrifício; “Domingo sem Sacrifício é domingo sem graça”, etc., de modo que essa noção se consolide na cabeça dos fiéis. Se entendemos a missa do modo correto: a perene ação da oferta de Cristo na cruz, é muito mais fácil percebermos a importância do momento vivido. Assim evita-se gente batendo palmas (quem bateria palmas no calvário?), gente usando decote, batucadas e tantos outros elementos estranhos ao conceito de sacrifício.
Comunhão: apesar de estar relacionado ao conceito de unidade, dou ênfase a este ponto por ir ainda mais além. Mais que o momento em que recebemos a hóstia, a noção de comunhão é essencial para vivermos bem o momento da missa. Nesse momento estão unidas, num só louvor as três igrejas: a militante, a padecente e a triunfante, todas trocando dons entre si. Trazendo essa concepção só para o plano da igreja militante, nós aqui na terra, podemos dizer que a comunhão é ainda mais intensa. Ou seja, eu estou em comunhão com o papa em Roma, que está em comunhão com a senhorinha em Cuba, que está em comunhão com o padre jesuíta na china, que está em comunhão até mesmo com os ortodoxos cismáticos! E não para por aí. Cada vez que se reza uma missa, derramam-se bênçãos e graças mesmo sobre aqueles que não participam da  celebração. Todos estão presentes, em suas mais diferentes realidades num único e mesmo sacrifício. Ter essa noção de que não estamos circunscritos ao espaço físico de nossa paróquia nos faz repensar ainda mais a importância do ato litúrgico.

Estética: “a liturgia da missa é um reflexo da glória eterna”. Foram essas as palavras que ouvi da boca do padre na missa de hoje. Nada mais correto que, nesse sentido, buscarmos tudo de melhor e mais belo para clarificar essa verdade. Muitos apelam para uma concepção errônea de Deus ao atestarem: “Deus era simples”, “ele não liga para luxos e riquezas”, “poderiam vender e dar tudo para os pobres”, mas não percebem que isso contradiz o respeito e a dignidade que Cristo devotava ao templo de Israel. Quem eram os vendilhões? Quem zelava para que o templo fosse um lugar santo ou quem o profanava transformando-o num comércio? Tudo na missa deve ser uma representação da beleza celeste. Para isso podemos usar a imaginação: como seria o turíbulo em que os anjos incensam o Cordeiro glorioso? Como seriam as vestes de Cristo em majestade? Cada liturgista, cada sacerdote deve despertar nos fiéis, por meio da liturgia, o anseio, o desejo do céu, o desejo de viver na presença de Deus para sempre.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Advento e seu significado


O Advento é um dos tempos do Ano Litúrgico e pertence ao ciclo do Natal. A liturgia do Advento caracteriza-se como período de preparação, como pode-se deduzir da própria palavra advento que origina-se do verbo latino advenire, que quer dizer chegar. Advento é tempo de espera d’Aquele que há de vir. Pelo Advento nos preparamos para celebrar o Senhor que veio, que vem e que virá; sua liturgia conduz a celebrar as duas vindas de Cristo: Natal e Parusia. Na primeira, celebra-se a manifestação de Deus experimentada há mais de dois mil anos com o nascimento de Jesus, e na segunda, a sua desejada manifestação no final dos tempos, quando Cristo vier em sua glória.

O tempo do Advento formou-se progressivamente a partir do século IV e já era celebrado na Gália e na Espanha. Em Roma, onde surgiu a festa do Natal, passou a ser celebrado somente a partir do século VI, quando a Igreja Romana vislumbrou na festa do Natal o início do mistério pascal e era natural que se preparasse para ela como se preparava para a Páscoa. Nesse período, o tempo do Advento consistia em seis semanas que antecediam a grande festa do Natal. Foi somente com São Gregório Magno (590-604) que esse tempo foi reduzido para quatro domingos, tal como hoje celebramos.

Um dos muitos símbolos do Natal é a coroa do Advento que, por meio de seu formato circular e de suas cores, silenciosamente expressa a esperança e convida à alegre vigilância. A coroa teve sua origem no século XIX, na Alemanha, nas regiões evangélicas, situadas ao norte do país. Nós, católicos, adotamos o costume da coroa do Advento no início do século XX. Na confecção da coroa eram usados ramos de pinheiro e cipreste, únicas árvores cujos ramos não perdem suas folhas no outono e estão sempre verdes, mesmo no inverno. Os ramos verdes são sinais da vida que teimosamente resiste; são sinais da esperança. Em algumas comunidades, os fiéis envolvem a coroa com uma fita vermelha que lembra o amor de Deus que nos envolve e nos foi manifestado pelo nascimento de Jesus. Até a figura geométrica da coroa, o círculo, tem um bonito simbolismo. Sendo uma figura sem começo e fim, representa a perfeição, a harmonia, a eternidade.

Na coroa, também são colocadas quatro velas referentes a cada domingo que antecede o Natal. A luz vai aumentando à medida em que se aproxima o Natal, festa da luz que é Cristo, quando a luz da salvação brilha para toda humanidade. Quanto às cores das quatro velas, quase em todas as partes do mundo é usada a cor vermelha. No Brasil, até pouco tempo atrás, costumava-se usar velas nas cores roxa ou lilás, e uma vela cor de rosa referente ao terceiro domingo do Advento, quando celebra-se o Domingo de Gaudete (Domingo da Alegria), cuja cor litúrgica é rosa. Porém, atualmente, tem-se propagado o costume de velas coloridas, cada uma de uma cor, visto que nosso país é marcado pelas culturas indígena e afro, onde o colorido lembra festa, dança e alegria.

Pe. Agnaldo Rogério dos Santos
Reitor dos Seminários Filosófico e Teológico
da Diocese de Piracicaba

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Santa Cecília, padroeira dos músicos

Conheça a vida de Santa Cecília, a padroeira dos músicos

A sua vida foi música pura, cuja letra se tornou uma tradição cristã e cujos mistérios até hoje elevam os sentimentos de nossa alma a Deus.

Era de família romana pagã, nobre, rica e influente. Estudiosa, adorava estudar filosofia, o Evangelho e a música, principalmente a sacra.




Desde a infância era muito religiosa e, por decisão própria, afastou-se dos prazeres da vida da corte para ser esposa de Cristo pelo voto secreto de virgindade. Os pais, acreditando que ela mudaria de ideia, acertaram seu casamento com Valeriano, também da nobreza romana. Ao receber a triste notícia, Cecília rezou pedindo proteção do seu anjo da guarda, de Maria e de Deus para não romper com o voto.

Após as núpcias, Cecília contou ao marido que era cristã e do seu compromisso de castidade. Disse, ainda, que para isso estava sob a guarda de um anjo. Valeriano ficou comovido com a sinceridade da esposa e prometeu também proteger sua pureza, mas para isso queria ver tal anjo. Ela o aconselhou a visitar o papa Urbano, que, devido à perseguição, estava refugiado nas catacumbas.

O jovem esposo foi acompanhado de seu irmão Tibúrcio, ficou sabendo que antes era preciso acreditar na Palavra. Os dois ouviram a longa pregação e, no final, converteram-se e foram batizados. Valeriano cumpriu a promessa. Depois, um dia, ao chegar em casa, viu Cecília rezando e, ao seu lado, o anjo da guarda.

Entretanto, a denúncia de que Cecília era cristã e da conversão do marido e do cunhado chegou às autoridades romanas. Os três foram presos: ela, em sua casa; os dois, quando ajudavam a sepultar os corpos dos mártires nas catacumbas. Julgados, recusaram-se a renegar a fé e foram decapitados. Primeiro, Valeriano e Turíbio; por último, Cecília.

O prefeito de Roma falou com ela em consideração às famílias ilustres a que pertenciam e exigiu que abandonassem a religião sob pena de morte. Como Cecília se negou, foi colocada no próprio balneário do seu palacete para morrer asfixiada pelos vapores. Mas saiu ilesa.

Então, foi tentada a decapitação. O carrasco a golpeou três vezes e, mesmo assim, sua cabeça permaneceu ligada ao corpo. Mortalmente ferida, ficou no chão três dias, durante os quais animou os cristãos que foram vê-la a não renegarem a fé. Os soldados pagãos que presenciaram tudo se converteram.




O seu corpo foi enterrado nas catacumbas romanas. Mais tarde, devido às sucessivas invasões ocorridas em Roma, as relíquias de vários mártires, sepultadas lá, foram trasladadas para inúmeras igrejas. As suas, entretanto, permaneceram perdidas naquelas ruínas por muitos séculos. Mas, no terreno do seu antigo palácio, foi construída a igreja de Santa Cecília, onde era celebrada a sua memória no dia 22 de novembro já no século VI.

Santa Cecília é uma das mais veneradas pelos fiéis cristãos, do Ocidente e do Oriente, na sua tradicional festa do dia 22 de novembro. O seu nome vem citado no cânon da Missa e, desde o século XV, é celebrada como padroeira da música e do canto sacro.

Certa vez, o cardeal brasileiro dom Paulo Evaristo Arns assim definiu a arte musical: "A música, que eleva a palavra e o sentimento até a sua última expressão humana, interpreta o nosso coração e nos une ao Deus de toda beleza e bondade". Podemos dizer que, na verdade, com suas palavras ele nos traduziu a vida da mártir Santa Cecília.

Santa Cecília, padroeira dos músicos: Rogai por nós!

A importância da música na evangelização






A arte é dom de Deus e a música é um dos segmentos que mais atinge a alma humana.

O dom musical, quando colocado a serviço da fé e da evangelização, é uma poderosa rede de pesca. Eu fui reconquistada por Deus por meio da música.

O Papa Bento XVI nos ensina: "Quem tem o dom do canto pode fazer cantar o coração de tantas pessoas nas celebrações litúrgicas”. Pela música recebemos a Palavra "com os sentidos e com o espírito. A ação evangelizadora da Igreja tem a música como um grande auxílio na sua missão. Ela favorece a fé e é um elemento importante na nova evangelização. Santo Agostinho, um dos pais da Igreja, foi influenciado pela escuta dos salmos e hinos das celebrações eucarísticas presidida por Santo Ambrósio, homem de grande sensibilidade musical, no período da sua conversão ao Cristianismo".

A minha experiência pessoal, nesses 27 anos de caminhada servindo a Deus no ministério da música, fez de mim testemunha de muitos milagres de conversão e restauração de famílias por intermédio de canções inspiradas na Palavra de Deus.

Este ano, eu tive a graça de gravar o DVD 'Restaura Nossa Casa' e tenho visto o bem que a simplicidade desta canção trouxe a tantas pessoas.

A unção de Deus, presente nesta composição, trouxe a esperança e a restauração da fé e da vida familiar de muitos que se deixaram tocar por ela. “Restaura nossa casa, Senhor” é o refrão que tem ressoado no coração das famílias pelo Brasil afora.

Apoiada na graça de Deus, o ardor missionário me impulsionou a ir até o fim no projeto da gravação deste DVD, pois eu estava em recuperação da perda do meu bebê. Eu ainda estava convalescente, bem fragilizada pela situação, mas ofereci tudo a Deus e fui em frente por causa da missão.

Aprendi com o fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, que nós músicos "somos como guerreiros em ordem de batalha"; não podemos desanimar no resgate de almas para Deus. É assim que me sinto no desempenho da minha missão.

Deus abençoe a cada sócio que possibilita, com a sua contribuição, a evangelização por meio da música na gravação dos nossos CDs e DVDs em benefício do projeto 'Dai-me Almas'.
Um grande abraço,
Salette Ferreira
Membro da Comunidade Canção Nova
Blog da Salette Ferreira
Salette Ferreira

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ministério Mover de Deus




Este Blogger é para divulgar o nosso Chamado (o Mover de Deus), onde nós temos como principal missão, mostra para o povo que nos ouve o que significa mover de Deus atravez da música, dom que Deus nos deu e nada mas justo que usarmos esse dom para ele também.
                Temos a idéia que tudo depende do espírito santo pois é ele que capacita, é ele que faz ir além, através da nossa oração.
                O ministério mover de Deus está junto desde do dia 04/10/11, tocamos juntos pela 1º vez do congresso que foi na comunidade católica Dom de Deus, nestes 1 anos já tivemos algumas reformulação, algumas pessoas foram agregadas como por exemplo o ministério de dança mover de Deus, cujo foi criado a pouco tempo. Graça a Deus está dando certo e peço há oração a todos para que esse projeto vá para frente, não apenas porque nós queremos, mas sim por ser a vontade Deus.